Conforme o mundo se digitaliza, passamos a existir cada vez mais como registros e dados computacionais. O que aconteceria se os nossos dados fossem manipulados para oferecer uma outra versão da nossa existência? Essa é a discussão que The Net traz nos anos 1990, a década em que a internet comercial começa a se esparramar pelo planeta. O filme explora o conceito de hackeamento de identidade por meio de manipulação de registros computacionais.
As reflexões levantadas no filme contribuem para compreendermos o processo da transformação digital do mundo, a mudança das regras do jogo da existência e do poder.
Outras obras que discutem a mesma temática, sob outros aspectos tecnológicos, são Metropolis (filme, 1927), Futurama (filme, 1976), The 6th Day (filme, 2000), Avatar (filme, 2009), Gamer (filme, 2009), entre outras.
Conforme a linha que separa os mundos ON e OFF line fica cada vez mais difusa, gradativamente vamos nos tornamos seres mais cíbridos, ou seja, híbridos do nosso corpo biológico e suas extensões digitais. Essa nova forma de “existir” traz novas formas de registro e validação pessoal, que ao mesmo tempo em que ampliam o nosso ser, também trazem desafios de segurança que podem nos colocar em risco. Dessa forma, torna-se cada vez mais necessária a discussão sobre o assunto, que o filme The Net apresenta já há duas décadas.