Não tem como abordar o assunto inteligência artificial sem levar em conta a ética nele. Seria muito perigoso levando-se em conta o potencial imenso desse assunto e as consequências em não levar isso em conta. Uma iniciativa interessante dentro do tema foi a que encontrei publicada no Site G1 foi sobre um guia sobre ética e governança na utilização da inteligência artificial na saúde mostrando que a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou um guia sobre ética e governança na utilização da inteligência artificial na saúde. A entidade definiu como inteligência artificial (IA) o sistema tecnológico que, depois de ser abastecido com informações e objetivos definidos por seres humanos, seja capaz de fazer previsões, recomendações e tomar decisões que influenciem ambientes reais ou virtuais, com diferentes graus de autonomia.
O texto cita que não há dúvidas de que o uso maciço de IA será uma revolução para aprimorar diagnósticos e tratamentos; aperfeiçoar o desenvolvimento de drogas e pesquisas; auxiliar governos a prevenir doenças, controlar epidemias e planejar campanhas. No entanto, justamente pelo impacto que representará no atendimento da população, é fundamental que a bioética e a preocupação com os direitos humanos sejam elementos fundamentais na criação de qualquer programa.
O grupo de estudo que preparou o guia trabalhou por 18 meses e relacionou exemplos para ilustrar o problema, como o de um programa para detectar potenciais casos de câncer de pele que não levava em conta a população negra e aborda 6 pontos fundamentais: Pessoas, e não máquinas, devem permanecer no controle dos sistemas de saúde e das decisões médicas; Todos os produtos de IA devem atender a padrões de segurança, acurácia e eficácia específicos para os casos a que se destinam; Os desenvolvedores de tecnologia devem ser transparentes sobre como os produtos foram criados e funcionam antes de serem disponibilizados para o uso; Negócios e sistemas de saúde que dependem de inteligência artificial devem assegurar o treinamento adequado dos profissionais; Todos os produtos de IA devem ser criados levando em conta atributos como inclusão e igualdade; O desempenho de programas deve ser avaliado de forma contínua e transparente, para que seus eventuais erros sejam corrigidos rapidamente.
Entendendo o poder de mudar o futuro e já o presente e nem sempre para o melhor, percebemos que ações como esta e muitas outras nesse sentido tem que continuar fazendo parte desse processo de implantação da IA em todas as áreas onde ela tem sido e que ainda será ainda utilizada no mundo e na nossas vidas desde já.
Foto de Andrea De Santis na Unsplash