Profissional de Lobby
Segundo o livro de Antonio Castilho Esparcia - Lobby & Comunicação, Lobismo como estratégia comunicativa, Lobby é definido como Representante profissional responsável pela mediação de interesses entre grupos de pressão e aqueles que tomam decisões de largo alcance.
O ato de fazer lobby ou influenciar está presente em nosso dia a dia..
Nascida nos corredores do parlamento inglês e Estados Unidos, por volta de 1830, a palavra Lobby geralmente é associada a corrupção, relacionamentos obscuros e de má índole com o poder. Mas o fato é que o Lobby surgiu como uma característica natural das democracias participativas.
O ato de fazer lobby ou influenciar está presente em nosso dia a dia, seja por uma criança tentando convencer seus pais a dar-lhe algo em troca de seu comportamento ou em relacionamentos, onde parceiros instigam seu companheiro(a) a ir em determinado show, festa, local, etc. Estas são apenas 2 entre as diversas situações diárias em que somos persuadidos.
Entretanto, muitas pessoas relacionam Lobby com a política, fazendo alusão a corrupção. Está é uma forma equivocada de associar o termo ao conceito e seu real propósito. Grupos ou pessoas lobistas trabalham com o objetivo de defender interesses comuns, seja do ponto de vista de uma empresa, categoria ou segmento. É importante deixar claro que o Lobby busca vantagens licitas de forma competitiva. Já a corrupção pode se entender por negociar vantagens ou benefícios de forma ilícita.
Sendo assim, será cada vez mais necessária a presença deste especialista em articulação nas empresas. O profissional da influência ou agente de mediação tem como função entender relação com fornecedores, atuar como intermediador entre equipes, novos negócios e mercado, bem como fomentar novas ou atualizar antigas legislações em benefício do segmento que representa, seja ele público ou privado.
Obs. - Vale ressaltar que a profissão já é reconhecida pelo Ministério do Trabalho.
Colaborador 4.0
Por incrível que pareça, a contratação de colaboradores pelo setor de RH ainda se dá por meio de um papel onde os principais anseios a serem supridos são de ordem técnica. Ainda há um modelo ultrapassado e enraizado focado em habilidades tangíveis e triviais também conhecidas como hard skills, que podem ser facilmente aprendidas. Este modelo é carregado de pontos falhos, não levando em consideração o propósito de ambos, buscando entender se de fato faz sentido iniciarem um relacionamento e trabalharem juntos em algo que as duas partes realmente acreditam.
O objetivo não será mais contratar pessoas que tenham apenas aptidões em seu currículo, mas sim que acreditem naquilo que a empresa acredita e vice-versa.
Esse formato não trabalha com o Circulo Dourado, de Simon Sinek, que nos traz um modelo de entendimento do “porquê fizemos” e não somente “o que fizemos”, eliminando inspirações e motivos que nos fazem acordar todas as manhãs.
Contudo, para estar em sintonia com os dias atuais é preciso objetivar as soft skills, que são as habilidades interpessoais como atitude, comunicação, rede de contatos ativos, pensamento crítico, gestão de tempo, solução de problemas entre outros. Soft skills dizem respeito a capacidade do colaborador interagir e se relacionar tanto no campo pessoal como profissional, interna ou externamente enquanto representante da sua marca.
Essa mudança de relação entre colaboradores e empresas estará cada vez mais estabelecida no ano de 2020, onde deixaremos de ser classificados por gerações Millennials, X, Y ou Z e seremos reconhecidos como pessoas pertencentes a grupos, causas e propósitos que acreditamos. Passaremos a integrar o grupo de “Perennials”, trabalhando com causas e empresas que realmente nos façam sentido. Nos próximos anos, não será mais levando em consideração somente a necessidade de trabalho, mas empregos que estejam de acordo com o que cada um de nós acredita e busca enquanto missão.
Por fim, o objetivo não será mais contratar pessoas que tenham apenas aptidões em seu currículo, mas sim aquelas que acredita naquilo que a empresa acredita e vice-versa. Empresas contratarão por postura e não somente por competências. Tais premissas no campo do Lobby e do Colaborador 4.0 estão se fortalecendo, trazendo para o mercado e para os profissionais a oportunidade de enxergar a direção a qual estamos caminhando.
Conclusão
Para que num futuro breve não se confunda reinventar processos com eximir-se de esforços, é necessário investimento na base, educação, atribuição de maiores responsabilidades, além de uma dose de resiliência por parte dos todos os atores envolvidos no processo.
Caso contrário, estaremos imersos em um mundo de Matrix misturado com Black Mirror, onde o propósito deixa de existir, sobrando apenas uma disputa por sobrevivência, tal como um jogo de vídeo-game.