É fato que nosso presente e futuro próximo, estão sendo moldados pela inteligência artificial e outras tecnologias. Por isso, é fundamental garantirmos que essas tecnologias – IA, robótica, Big Data e até computação quântica – seja utilizada para criar um mundo melhor e mais prático para as pessoas, especialmente em um momento que somos bombardeados com tanta informação.
Ao invés da tecnologia ser um fim, ela deve se tornar uma ferramenta para resolver os nossos problemas do dia a dia, independente de nacionalidade, gênero, raça ou status social de quem usa. Exatamente nessa caminhada para a Sociedade 5.0, esbarramos em diversas questões importantes, principalmente éticas. Por exemplo, os dados que a gente usa para treinar as IAs podem vir com "vícios" ou "vieses", refletindo preconceitos que já existem na sociedade. Isso pode levar a decisões e resultados injustos ou discriminatórios.
Outro ponto importante, é a "caixa preta" dos algoritmos. Como saber sabe exatamente como uma IA chegou a uma determinada conclusão? Essa impossibilidade dificulta confiar totalmente nela e entender se a decisão foi justa. Além disso, a privacidade dos nossos dados fica ainda mais em evidência com tantas informações sendo coletadas por todos os lados. Especialmente em uma sociedade como o Brasil, onde existem altos índices de fraudes com dados, a privacidade torna-se essencial e um tema de constante debate. Felizmente nesse ponto, nosso país avançou com a criação da LGPD (Lei Geral de Privacidade de Dados), mas que por si só, não garante nossa privacidade.
E não podemos esquecer da desigualdade. Como garantir que todo mundo tenha acesso a essas tecnologias e principalmente se beneficie delas, sem aumentar ainda mais o abismo entre os mais ricos e os mais pobres? Discutir esses desafios éticos é fundamental para que o futuro da IA na Sociedade 5.0, seja realmente positivo e inclusivo para todos. É um tema complexo, mas essencial para o nosso futuro.