Transcendence, na minha opinião, é um dos mais interessantes trabalhos de reflexão sobre as possibilidades (iminentes) do ser humano transferir-se para um computador e, assim, ter vida eterna, na forma digital. Um dos grandes méritos do filme é conduzir a discussão sobre o assunto de modo que, ao mesmo tempo em que direciona a narrativa, deixa a conclusão aberta para gerar considerações interpretações individuais.
A temática dialoga com outras obras, como Black Mirror (série, episódio San Junipero, 4a temporada, 2016) no que se refere à transferência em si, e com Her (filme, 2013) no que se refere à evolução de um “ser computacional”. Por outro lado, enquanto em Homem Bicentenário (filme, 1999) e AI Inteligência Artificial (filme, 2001) vemos o computador buscando a humanidade, em Transcendence e Black Mirror, a perspectiva é na direção inversa, ou seja, o humano buscando sua digitalização, no entanto, preservando sua essência.
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