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Da visão do todo à cegueira seletiva

Da visão do todo à cegueira seletiva
Eduardo Braga
jan. 27 - 2 min de leitura
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Uma nuvem de dados paira sobre todos os agentes de mercado, desde o rastreio de criações ou mapeamento de adubação do setor primário até monitoramento facial sobre a satisfação do consumidor final. Esse fluxo de informações, sem o qual nosso entusiasmante dia a dia de novas descobertas e possibilidades não existe, pode nos levar a pontos cegos se não cuidarmos da fonte.

Os preciosos dados são o ouro do século 21. Não se pode falar em produção eficiente sem primeiro perguntar sobre os dados. Revolução digital, Indústria 4.0, Transformação Digital, não importa o seguimento ou terminologias, os dados são a chave para o futuro.

Mas qual fonte? Talvez a melhor pergunta não seja qual, onde ou como. A melhor pergunta penso que é o “por que”?

Todos os dados “nascem” de algum lugar, são coletados em algum momento, são analisados de alguma maneira. Esse é o caminho direto da criação até a avaliação dos dados. Mas e o “por que”?  Qual o motivo de terem sido gerados?

Um exemplo: li hoje sobre um gadget criado para ajudar profissionais em home office. Segundo a matéria esse gadget, que tem dois botões, seria usado pelos profissionais que trabalham em casa, cada um dos botões com um significado: Alegria e Tristeza. Por quê? Para a empresa conseguir determinar o nível de satisfação ou estresse dos funcionários.

É importante lembrar de todas as pessoas que fazer parte da geração de dados. Pessoas não tem botões de liga e desliga, elas têm motivos, sentimentos, desejos. Ao categorizar pessoas como dados corremos o risco de não ver certos problemas ou mesmo grandes oportunidades. É fundamental lembrar 100% dos profissionais e dos consumidores são pessoas e não robôs. Nada substitui a sintonia fina de um bom bate-papo.


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