Baseado na obra I, Robot de Isaac Asimov, escrito em 1950 e inspirado no livro homônimo de 1939, de Eando Binder, o filme traz como reflexão principal a autoconsciência em robôs e seu relacionamento com os humanos, por meio das Leis da Robótica, que são três princípios idealizados por Asimov com o objetivo de controlar e limitar o comportamento dos robôs:
- Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
- Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
- Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
As principais reflexões do filme estão relacionadas, obviamente, com robôs – autoconsciência, inteligência artificial, homem vs robô, criador vs criatura. Esses mesmos questionamentos já aparecem em diversos filmes anteriores, como Blade Runner (filme, 1982), 2001: uma odisseia no espaço (livro e filme, 1968) e Stargate (série, 1997) e têm sido um assunto cada vez mais recorrente na literatura e cinema, permeando diversos filmes de ficção científica, conforme os robôs cotidianos passam a ser uma realidade cada vez mais iminente no mundo.
O filme também aborda uma questão que ganha cada vez mais destaque na ficção (aparece novamente também, por exemplo, no filme de 2008, Controle Absoluto) – a possibilidade de os computadores inteligentes deduzirem que os humanos são perigosos para si mesmos e para o planeta e quererem anular a humanidade.
Recentemente, obras como Transcendence (filme, 2014), Automata (filme, 2014), Her (filme, 2013), ex-Machina (filme, 2015) e o brilhante Westworld (série, 2016), têm aprofundado as discussões e ampliado sobre o assunto.