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2015 - Deep Web

2015 - Deep Web
Martha Gabriel
nov. 8 - 4 min de leitura
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Do mesmo diretor de Downloaded (filme, 2013), Alex Winter, o filme Deep Web foca nos eventos relacionados com o fechamento do site Silk Road (uma espécie de eBay da deep web) e a prisão do seu fundador, Ross Ulbricht. Em Downloaded, a discussão gira em torno da revolução digital na música e suas consequências no mundo. No documentário Deep Web, o olhar é mais embaixo, voltando-se para o submundo da internet, narrado por Keanu Reeves.

A importância fundamental desse documentário é a propagação de entendimento sobre o funcionamento da deep web e dark web, agregando conceitos emergentes que potencializam as transações nesse ambiente, como o Bitcoin, e a discussão sobre o seu impacto social.

Os conteúdos da web que são acessíveis por meio de buscadores, são chamados de Web Visível (ou Surface Web) que, apesar de ser a porção mais conhecida da web, é a sua menor parte. A grande maioria dos conteúdos da web não são indexáveis pelos buscadores, ou seja, não podem ser “enxergados” por eles, pois suas páginas não existem até serem criadas dinamicamente como resultado de uma busca específica ou porque são entradas de bancos de dados. Essa parte não-indexável da web é chamada de Deep Web (ou Web Invisível) e tem tamanho muito maior do que a Web Vísivel – ambas podem ser representadas como um iceberg, em que o topo visível é muito menor do que a parte submersa.

Como toda tecnologia no mundo, a Deep Web traz vantagens e desvantagens para quem a acessa, ou, em outras palavras, a priori, ela não é nem boa e nem ruim – o seu valor depende do uso. Por conter entradas de bancos de dados acadêmicos e uma infinidade de informações valiosas que não conseguem ser indexadas pelos buscadores da web, a Deep Web proporciona o acesso a um conteúdo riquíssimo, inacessível de outra forma. Por outro lado, devido à dificuldade de se monitorar conteúdos que não podem ser indexados, tornando-se muito mais difícil de serem encontrados, a Deep Web também atrai atividades que tenham afinidade com essa situação, especialmente as ilegais (venda de drogas, contrato de assassinos de aluguel, etc.). No entanto, essa característica “camufladora” da Deep Web pode favorecer não apenas ações criminosas, pois pode propiciar também um canal poderoso de informação e sobrevivência para pessoas que vivem em regimes opressores ou restritivos, permitindo que fujam de filtros governamentais e censuras.

De qualquer forma, existem riscos ao se acessar a Deep Web, pois é sempre possível entrar inadvertidamente em algum território ilegal (acesso a banco de dados que violem as leis) ou se tornar vítima de alguma ação criminosa, por meio de contração de vírus computacional, por exemplo.

Muitas vezes, erroneamente, a Deep Web é confundida com a Dark Web, no entanto, são dois conceitos totalmente distintos. A Dark Web é uma pequena parte da Deep Web que não pode ser acessada de forma tradicional – ela existe nas darknets, camadas de redes sobrepostas que utilizam a internet pública, mas requerem o uso de software, configurações ou autorizações de acesso específicos, como, por exemplo, o TOR (The Onion Router).

Conforme essas plataformas e esses protocolos penetram gradativamente no funcionamento da sociedade, eles começam a ser discutidos mais e mais na ficção, como é o exemplo do episódio 13 (Bitcoin for Dummies) da 3a temporada da série Goodwife, em 2012, e mais recentemente, a série Travellers (2016), em que toda a comunicação dos agentes do futuro acontece por meio da Deep Web.

 

 


 

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