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2015 - Sense8

2015 - Sense8
Martha Gabriel
nov. 8 - 2 min de leitura
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Sense8 é uma série criada pelas irmãs Wachowski, conhecidas também pelo grande sucesso de uma das suas obras anteriores, The Matrix (filme, 1999). Diferentemente de The Matrix (em que estruturação narrativa é intimamente ligada à tecnologia e à relação homem/máquina), Sense8, a priori, não tem nada a ver com tecnologia. No entanto, na minha opinião, um conceito principal une as duas tramas: a conexão humana.

Em The Matrix, os humanos encontravam-se conectados por meio de tecnologia, perdendo a sua essência para o sistema, e assim, precisaram se desconectar das máquinas para conseguirem se conectar novamente, como humanidade. Já em Sense8, o processo de conexão humana não está relacionado com tecnologia, mas é apresentado como uma evolução biológica (dialogando bastante com as discussões sobre mutações genéticas, que acontecem em obras como X-Men, Jumper, Heroes, etc.) que nos liga intimamente com outros indivíduos, de forma a nos fundirmos com eles, em termos de pensamentos, sentimentos, cognição e habilidades. Nesse sentido, as reflexões provocadas pela narrativa, nos remetem às relações de conexões com avatares, como em Avatar, Gamer e Surrogates. No entanto, a conexão proposta em Sense8 vai além, e acredito que é exatamente por isso que essa série é bastante importante para refletirmos sobre a evolução humana potencializa pelas tecnologias digitais.

Com o avanço tecnológico veio também o aumento da conexão e da complexidade no planeta. Mais recentemente, com o desenvolvimento de nanotecnologia, genética e biotecnologia, as possibilidades de conexão humano/humano e humano/computador têm aumentado consideravelmente. Esse processo de aumento da ligação humana por meio da digitalização do ambiente requer que pensemos os aspectos mais básicos da nossa existência – o que é ser humano, as diferenças entre nós, individual e coletivo, etc. Nesse sentido, Sense8 é um excelente exercício de reflexão sobre a evolução humana em um contexto cada vez mais conectado e complexo. A tecnologia não potencializa apenas a sharing economy, mas também, e principalmente, a sharing humanity.

Uma frase, dentre as inúmeras inspiradoras da série, nos instiga a pensar especialmente em uma das transformações imediatas de uma realidade de indivíduos isolados para uma de seres “fundidos”: “Matar é fácil se você não consegue sentir a dor do outro.

 

 


 

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